sexta-feira, 1 de abril de 2011

Depoimento de um Brasileiro na 2ª Guerra Mundial

Brasileiro Relata sua participação no dia D

"Havia muito pó, tiros por toda a parte, gente correndo de um lado para o outro, um barulho indescritível. Era uma grande desordem, o caos." Essa é a maior recordação que o aviador Pierre Clostermann, 83, tem do Dia D, quando as tropas aliadas desembarcaram nas praias da Normandia, em 6 de junho de 1944.

Clostermann, que serviu na Real Força Aérea britânica (RAF) durante a Segunda Guerra Mundial, estava na esquadrilha que fez a patrulha aérea das praias invadidas pelas forças inglesas.
"Eu não vi nada, eu era um peixinho num imenso mar. E tínhamos tanta coisa para fazer que nem tínhamos tempo para nos emocionar", disse à Folha, por telefone, de sua casa em Montesquieu, no sudoeste da França.

Apesar do nome, Clostermann é brasileiro --nasceu em Curitiba (PR), em 1921. Seu pai, um importante diplomata francês, era na época cônsul-geral em São Paulo.
O aviador foi o único veterano brasileiro encontrado pela Folha a ter combatido na Normandia. A participação das tropas brasileiras na Segunda Guerra deu-se na frente italiana --mais de 25 mil combatentes da Força Expedicionária Brasileira, chamados de pracinhas, foram enviados ao país para lutar contra o Eixo.




Folha de S.Paulo/06/06/2004 - 03h07


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